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  • Foto do escritorPsicólogo Renato Orlandi

Gaslighting

Gaslighting é uma forma de violência psicológica sutil, geralmente contra mulheres, em que a realidade é distorcida e seletivamente omitida ou manipulada para favorecer o abusador com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade, causando instabilidade emocional, ansiedade, depressão, dependência emocional, insegurança e baixa autoestima.

O termo surgiu após o filme “À Meia-Luz” ou “Gaslight” (1944) que contava a história de um homem que fez de tudo para convencer a esposa que ela estava perdendo a razão. A intenção era ficar com sua fortuna, para isto, realizava manipulações frequentes até que ela questionasse a sua sanidade mental.

São exemplos o uso de frases como “você está exagerando, ficando louca, descontrolada”, alterações entre amor e desprezo, minimização de inseguranças e dores, comportamento passivo-agressivo, retirar frases de contexto, provocar sentimento de culpa constantes, usar algo que a vítima ama contra ela confundindo ou tentando alterar sua identidade, fazer acreditar que está delirando ou que inventou alguma situação por ser ciumenta demais na infidelidade, por exemplo.

Marina (nome fictício), 37 anos, conta: “Ele discutia sobre tudo. Tudo colocava em dúvida. Até as coisas que não têm discussão, como meu estado de espírito ou meus sentimentos. Tudo era um exagero meu, uma invenção ou uma paranoia. Tudo estava em minha cabeça, então acabei acreditando. Parei de opinar, parei de responder e simplesmente de me expressar. Fiquei completamente anulada como pessoa e ele tinha controle total sobre mim”. [Trecho retirado da matéria: “Como esse cara me convenceu de que eu era tonta?”, publicado pelo El País].

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