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  • Foto do escritorPsicólogo Renato Orlandi

As primeiras palavras do neném!

Aquele texto inicial de apresentação dos títulos e feitos, tudo para que você decida que vai me levar a sério, bom, já saímos da primeira linha e você continua aqui, hoje em dia é um recorde de literatura, já sou grato.


Adianto que aqui conterá porcaria de primeira qualidade, não pretendo te conquistar com o tamanho do meu currículo ou com sua envergadura, aqui eu venho como um ser humano, sem crachá e sem máscaras, sou formado em psicologia e falo a partir deste lugar, de resto meus links e currículos estarão distribuídos pelo site. Acho importante dizer também que o Eu que escreve hoje é apenas um dentre vários que irão aparecer, alguns eu já conheço e outros ainda não, eles aparecerão quando eu escrever e mudarão conforme o tema, deixarei que me atravessem e que falem por si.


E por que escrever? E sobre o quê? E quem vai ter estômago para ler estas coisas todas que saem das minhas entranhas? Pretendo escrever sobre saúde mental, por incrível que pareça, analisar notícias, polêmicas, artes, filmes, músicas e também falar dos bastidores da profissão, mas não do modo como se faz na rede vizinha de fotos com filtros, xícaras de café, livros rabiscados, frases soltas e descontextualizada ou clínicas mofadas, mas as reflexões que permeiam a área dos profissionais da loucura (porque da sanidade não tem graça). 


Quero enfiar a mão nos cabelos oleosos da psicologia e retirar os pensamentos e afetos que lá estão com meu toque pessoal, de forma crítica, bem-humorada e informal, reflexões sobre a minha experiência de estar aqui, cá estou e tenho coisas a dizer, porque penso demais e sinto mais ainda. E cansei das limitações de caracteres das outras redes. Alguns acreditam que psi não sofre, que vivemos acima das mazelas que afligem os meros mortais, “ah não, você fez mais de dez anos de terapia e estudou a mente humana o dobro deste tempo, então já ascendeu, iluminado está!” Que engano! Para ser psi temos que estar vulneráveis as dores do mundo, devemos encontrar nosso ponto de reparação para poder ajudar o outro a fazer o mesmo.


Isto significa descer aos infernos várias vezes, morrer e renascer com o elixir, porque é de lá que poderemos ajudar e não do nosso pedestal, da academia, atrás de perfis falsos com foto de desenho oriental nas redes sociais ou do sofá confortável da clínica no bairro chique lendo livros de meio século atrás, é por isto que estou aqui. Devemos conquistar todos os dias o direito de dizer que somos psicoterapeutas, como escreveu Von-Franz, por meio da nossa conduta, não existe descanso na moral e quando não houver mais nada para criar, Jung nos diz que devemos nos recriar a nós mesmos.


Então se você quiser saber sobre o que pensa um psicólogo brasileiro de classe média dos dias atuais, neste mundo maluco beleza, do que nele dói e qual a visão de mundo de quem cuida de visões de mundo, fique! Acima de tudo, estou aqui para me recriar e me transformo na mistura alquímica da minha subjetividade com a do mundo e da sua que está lendo, então espero que sejamos amigos de alma!

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